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Jacotei

terça-feira, 20 de julho de 2010

Tempo seco reduz casos de dengue no Estado

O tempo seco e a ausência de chuvas nos últimos meses ajudaram na diminuição dos casos de dengue em Mato Grosso. Na última semana foram registrados 168 novos casos no Estado. O número mostra uma queda em relação aos dados do início do ano, quando mais de mil pessoas eram contaminadas a cada semana.

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES), até o momento ocorreram 55 mortes suspeitas por complicação da doença. Destas, 44 tiveram a dengue como causadoras. O restante é investigado. De janeiro até o dia 15 de julho, foram notificados 40.264 casos da doença, sendo 900 registros como casos graves.

Cuiabá tem até o momento 4.307 notificações, com 78 casos graves e 10 óbitos registrados, sendo 4 casos confirmados e 6 em investigação. Na semana passada, o município registrava 107 notificações de casos graves da doença. A SES explica que a diferença dos casos graves de Cuiabá entre uma semana e outra ocorre por conta da avaliação dos prontuários, que após análises são feitos descartes, diminuindo o número de pacientes.

Em Várzea Grande, são 1.509 pacientes de dengue. Desse número, 172 foram notificados como casos graves da doença e 4 óbitos confirmados.

As outras mortes ocorreram no interior do Estado nos municípios de Água Boa (1), Barra do Garças (1), Bom Jesus do Araguaia (1), Campo Novo do Parecis (1), Campo Verde (1), Colíder (1), Comodoro (1), Colniza (1), Curvelândia (1),Diamantino (1),Guarantã do Norte (1), Glória d"Oeste (1), Lucas do Rio Verde (1), Peixoto de Azevedo (1), Pontes e Lacerda (1), Primavera do Leste (3), Rondonópolis (6), Santa Carmen (1), Santa Rita do Trivelato (1), São José do Rio Claro (1), Sinop (9), Sorriso (1), Tangará da Serra (2), Tapurah (1) e Torixoréu (1).

Ano passado - As notificações de casos de Dengue em Mato Grosso, no ano de 2009, de 1º de janeiro a 15 de julho de 2009, foram de 34.444 casos. Em 2010, as notificações neste mesmo período foram de 40.264 casos de dengue.

Mutirão contra dengue acontece em Pernambués

A Prefeitura de Salvador, através da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), continua realizando mutirões de limpeza na cidade, como uma das estratégias de combate à Dengue. Os próximos faxinaços estão marcados para os dias 20 e 22 de julho, nos bairros de Pernambués e Saramandaia. A escolha pelas áreas é baseada no resultado do 3º Levantamento de Índice Rápido para o Aedes Aegypti (Liraa).

Na semana passada, os agentes de combate às endemias do Centro de Controle de Zoonoses atuaram no bairro de Mata Escura. Cerca de 40 imóveis e 13 terrenos baldios foram visitados em 10 ruas. As equipes trataram 138 depósitos e 6 amostras de larvas foram colhidas e encaminhadas para laboratório. Também foram recolhidos aproximadamente 80 sacos de lixo. A mesma ação foi realizada nos bairros do Calabetão e Santo Inácio.

Os moradores foram alertados sobre os riscos da doença e receberam orientações de prevenção, como não acumular água em vasos de plantas, pneus, ou lajes; tampar devidamente as caixas d'agua, tanques e tonéis; e descartar todo material que possa servir de criadouro para o Aedes Aegipty, como garrafas, latas e cascas de ovos.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

DENGUE

Campanha de Combate à Dengue 2009/2010

terça-feira, 4 de maio de 2010


Perguntas Frequentes...

Geral sobre a doença

1. A picada do mosquito é a única forma de transmissão da dengue?
Sim, a dengue não é transmitida por pessoas, objetos ou outros animais.

2. Qual é o principal mosquito transmissor da dengue?
É o mosquito Aedes aegypti.

3. É verdade que somente a fêmea do mosquito pica as pessoas?
Sim, pois é a fêmea que necessita do sangue em seu organismo para amadurecer seus ovos e assim dar seqüência no seu ciclo de vida.

4. Como a pessoa reconhece o mosquito Aedes aegypti?
O Aedes é parecido com o pernilongo comum, e pode ser identificado por algumas características que o diferencia como: corpo escuro e rajado de branco e possui hábito de picar durante o dia.

5. De onde veio o mosquito Aedes aegypti?
É originário da África Tropical característico de países com clima tropical e úmido, introduzido nas Américas durante a colonização. Atualmente encontra-se amplamente disseminado nas Américas, Austrália, Ásia e África.

6. Qualquer inseticida mata o mosquito da Dengue?
Sim, porém a aplicação dos inseticidas atua somente sobre a forma adulta do mosquito, surtindo efeito momentâneo com poder residual de pouca duração.

7. Uma pessoa infectada pode passar a doença para outra?
Não há transmissão por contato direto de um doente ou de suas secreções para pessoas sadias. A pessoa também não se contamina por meio de fontes de água, alimento, ou uso de objetos pessoais do doente de dengue.

8. É possível distinguir a picada do Aedes aegypti com a de um mosquito comum?
Não. A sensação de eventual coceira ou incômodo é semelhante à picada de qualquer outro mosquito.

9. Algum outro mosquito é capaz de transmitir a doença?
Sim, o mosquito Aedes albopictus, que também pode ser encontrado em áreas urbanas, também pode transmitir a dengue.

10. Todo Aedes transmite a dengue?
Não, apenas os infectados. O mosquito só transmite a doença se tiver contraído o vírus.

11. Todo mundo que é picado pelo mosquito Aedes aegypti fica doente?
É preciso que o mosquito esteja infectado com o vírus de Dengue. Além disso, muitas pessoas picadas pelo mosquito Aedes aegypti infectado não apresentam sintomas. Outras apresentam sintomas brandos que podem passar despercebidos ou confundidos com gripe, existindo ainda, aquelas que são acometidas de forma acentuada, com sintomatologia exacerbada.

12. Por que foi possível fazer uma vacina para febre amarela e não está sendo possível fazer uma vacina contra dengue?
No caso da Febre Amarela só existe um tipo de vírus. Na dengue, são conhecidos quatro variedades de vírus – chamados den1, den2, den3, e den4. Os quatro tipos já foram registrados no Brasil (sendo que o tipo 4 só na Amazônia). A rigor, uma vacina para um tipo não dará imunização para outro.

Sintomas

1. Quais são os principais sintomas da dengue?
Febre alta, dor de cabeça, principalmente na região ocular, dores nas articulações, músculos e muito cansaço. Também é comum náuseas, falta de apetite, dor abdominal, podendo até ocorrer diarréia e vermelhidão na pele.

2. Em quanto tempo os sintomas aparecem?
De três a quinze dias após a picada do mosquito infectado.

3. A pessoa pode estar com a doença e apresentar apenas alguns dos sintomas? Não ter febre, por exemplo?
Sim. A intensidade dos sintomas varia muito de pessoa para pessoa.

4. A pessoa pode confundir a dengue com uma gripe forte? Como saber a diferença?
Sim. A melhor forma de se ter certeza é procurando um médico e eventualmente realizando exames.

5. Quem teve Dengue fica com alguma complicação?
Não. A recuperação costuma ser total. É comum que ocorra durante alguns dias uma sensação de cansaço, que desaparece completamente com o tempo.

Tratamento

1. A partir de que momento deve-se procurar um médico?
A partir dos primeiros sintomas.

2. Qual é o tratamento para a doença?
A pessoa doente deve repousar e ingerir bastante líquido (água, sucos naturais ou chá), evitando qualquer tipo de refrigerante ou suco artificial. Antitérmicos e analgésicos que contém em sua fórmula, ácido acetilsalicílico, como a aspirina, devem ser evitados.

3. Por que não se deve tomar medicamentos a base de ácido acetilsalicílico como “Aspirina, Melhoral, AAS ?
Porque estes medicamentos tem efeitos anticoagulantes e podem causar sangramentos.

4. Qual é o tempo de cura para dengue?
A febre costuma durar de três a oito dias e pode causar pequenas bolhas vermelhas em algumas regiões do corpo, como pés, pernas e axilas. Na maioria das vezes, o doente demora uma semana para ficar bom. Porém, o cansaço e a falta de apetite podem demorar até quinze dias para sumir. A recuperação costuma ser total.

5. Há cuidados especiais com bebês e crianças pequenas?
Nas crianças pequenas a doença assemelha-se mais a uma infecção viral inespecífica, sendo que os sintomas mais freqüentes são: febre, vômito e nas que já falam, a dor abdominal. A prostração é menos intensa. Deve-se procurar um médico logo que aparecerem os primeiros sintomas.

6. Quem já teve dengue uma vez pode ser contaminado novamente ou fica imune?
Estudos indicam que uma pessoa doente de dengue fica imune para sempre, com relação ao sorotipo que determinou a infecção, além do que, por um período de alguns meses, ela fica protegida para qualquer dos sorotipos de dengue. Passado este tempo, se ela se contaminar por outro tipo de vírus diferente daquele que se contaminou antes poderá ter comprometimento do quadro clínico e desencadear a dengue hemorrágica.

Dengue Hemorrágica

1. Qual é a diferença entre a dengue clássica e a hemorrágica?
A clássica é mais branda do que a hemorrágica, que pode até causar a morte do doente.

2. As pessoas que já tiveram dengue uma vez podem desenvolver o tipo hemorrágico?
Sim. Qualquer um dos 4 sorotipos da dengue pode causar dengue hemorrágica. A probabilidade de manifestações hemorrágicas é menor em pessoas infectada pela primeira vez, portanto pessoas que contraem dengue mais de uma vez apresentam maior chance de complicações do quadro clínico, incluindo manifestações hemorrágicas.

3. Por que ela é mais perigosa?
Porque, como o próprio nome diz, causa hemorragia e pode levar à morte.

4. Que tipo de exame identifica a dengue hemorrágica?
Há três exames que podem ser utilizados: a prova do laço, a contagem das plaquetas e a contagem dos glóbulos vermelhos. A prova do laço é um exame de consultório, com uma borrachinha o médico prende a circulação do braço e vê se há pontos vermelhos sob a pele, que indicariam a doença. Os outros testes são feitos por meio de uma amostra de sangue em laboratório.

5. Quais são os sintomas da versão hemorrágica?
A dengue hemorrágica se manifesta de três a cinco dias depois da clássica. A febre reaparece após ter cessado, causando suor, deixando a pele esbranquiçada e as extremidades frias. É comum dor de garganta, queda de pressão, dores no estômago e abaixo das costelas. As hemorragias ocorrem em pequena quantidade. Quando a doença fica ainda mais grave o fígado fica mole e doloroso. As cólicas abdominais e a hemorragia aumentam, atingindo o tubo digestivo e os pulmões.

6. Qual é o tratamento?
Neste caso, a recomendação é aplicação de soro e plasma. Em certos casos há a necessidade de transfusão de sangue.

7. O mesmo mosquito que transmite dengue clássica pode transmitir a hemorrágica?
Sim.

8. Qual a taxa de mortos entre os contaminados?
De acordo com as estatísticas a chance de morte no caso da primeira manifestação da dengue clássica é zero. Na dengue hemorrágica a taxa é de aproximadamente 3%.

Precauções com o mosquito

1. O mosquito infectado pode picar e mesmo assim não transmitir a doença?
Sim, de 20% a 50% das pessoas não desenvolvem a doença.

2. Por que algumas pessoas são picadas, mas não ficam doentes?
Por características do sistema imunológico de cada um.

3. É verdade que o mosquito não pica à noite?
A fêmea do Aedes tem hábitos diurnos, não costuma picar à noite.

4. Que outros hábitos o Aedes tem?
O mosquito fica onde o homem estiver, e prefere picá-lo a qualquer outra espécie e também gosta de água acumulada para colocar seus ovos.

5. É verdade que o mosquito se reproduz mais rápido no calor? Por quê?
Sim. No calor, o período reprodutivo do mosquito fica mais curto e ele se reproduz com maior velocidade. Isto explica o aumento de casos de dengue no verão.

6. Por que só a fêmea do Aedes aegypti pica?
As fêmeas picam depois do acasalamento porque necessitam do sangue que contem proteínas necessárias para que os ovos se desenvolvam.

7. Quanto tempo vive o Aedes?
A fêmea do Aedes vive cerca de 30 a 45 dias e, nesse período, pode contaminar até 300 pessoas.

8. Quantos ovos um mosquito coloca durante sua vida?
Até 450. Descobriu-se que existe a transmissão transovariana, ou seja, que a fêmea, se estiver contaminada, inocula o vírus nos ovos e os mosquitos já nascem com ele. Isso multiplica as chances de propagação.

9. Por que a água acumulada é tão perigosa?
Porque a fêmea deposita seus ovos em locais com água acumulada.

10. Água de piscinas é uma ameaça?
Não se estiver recebendo o tratamento adequado com aplicação de cloro em quantidade correta. Caso contrário será um criadouro de mosquitos.

11. Adianta só tirar a água dos pratinhos que ficam sob os vasos?
Não. Os ovos ficam aderidos às laterais internas dos pratos ou ainda nas laterais externas dos vasos. O ideal é optar por pratos que fiquem bem justos ao vaso e lavá-los com água e sabão, utilizando uma bucha para retirada de possíveis ovos.

12. Ovos ressecados do Aedes também são perigosos?
Sim. Mesmo ressecados, os ovos são perigosos. Eles sobrevivem até 1 (um) ano sem água e, se neste período entrar em contato com água, o ciclo evolutivo recomeça.

12. O repelente funciona? Quantas vezes deve ser aplicado por dia?
Os repelentes possuem ação limitada e não eliminam o mosquito, apenas o mantém distante.

13. O uso de inseticida contra o Aedes pode torná-lo imune ao produto químico utilizado?
Sim, pode.

14. Velas e incensos ajudam a espantar o Aedes?
Velas de citronela ou andiroba têm efeito paliativo. Isto porque o raio de alcance e a duração são restritos.

15. A solução de água sanitária com água limpa nas plantas é eficiente?
Não, é necessário substituir bromélias e outras plantas que acumulem água por aquelas que não acumulem água em suas folhas.

16. Aplicar borra de café na água das plantas e sobre a terra ajuda a combater o Aedes?
A eficácia da borra de café na dosagem de duas colheres de sopa para meio copo de água não foi comprovada e a sua utilização não simplifica os cuidados atualmente recomendados que são: a eliminação dos pratos ou a utilização de pratos justos aos vasos, a colocação de areia até as bordas dos pratos ou eliminar a água e lavar os pratos com bucha e sabão semanalmente.

17. Mosquitos podem ser transportados em carros, aviões ou navios?
Sim, desde que haja condições adequadas no meio de transporte.

18. Quanto tempo eles sobreviveriam numa viagem dessas?
Cerca de 10 ou 12 horas nas condições ideais.

19. Qual é a autonomia de vôo do mosquito?
O Aedes costuma circular num raio de 50 a 100 metros de distância do local de nascimento.

20. A borrifação de inseticidas mata os ovos ou apenas os mosquitos adultos?
Apenas os mosquitos adultos. Por isso, a borrifação de inseticidas só é eficaz no caso de surtos ou epidemias. Para matar os mosquitos é preciso acabar com os ovos. Caso contrário, outros mosquitos nascerão.

21. Quais são as condições ideais para o mosquito procriar e agir?
A temperatura que o mosquito gosta é de 26 a 28 graus. Qualquer temperatura inferior a 18 graus o torna inoperante. Com 42 graus, ele morre.

22. Como a pessoa infectada transmite o vírus para o mosquito?
Durante seis dias ela pode transmitir o vírus para o mosquito. Um dia antes de começar a sentir os sintomas e nos cinco primeiros dias de sintoma. Depois disso, não infecta mais o mosquito.
Fonte:
Ministério da Saúde
CIVES: Centro de Informação dos viajantes – UFRJ
Manual OPAS 1978 – Informe Oficial



Secretaria de Saúde confirma epidemia de dengue em Campinas, SP

A Secretaria de Saúde confirmou o estado de epidemia de dengue em Campinas, a 94 km de São Paulo. São 945 casos confirmados somente em 2010, contra 201 registrados no ano passado.

O número não alcança a marca de 300 casos para cada grupo de cem mil habitantes, mas a Prefeitura de Campinas já considera a situação de epidemia porque a doença atingiu praticamente todos os bairros da cidade.

Fonte: Globo

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Biolarvicida em forma de comprimido e elaborado por pesquisadora da UFPE a partir de uma bactéria tem eficácia de 100% na eliminação das larvas do mosquito Aedes aegypti

Um comprimido natural contra a dengue. Esta é a nova forma de combate à doença que está sendo desenvolvida pela pesquisadora e professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Christine Lamenha. Mas não se preocupe, porque o remédio não será prescrito para humanos. Os comprimidos, cujo efeito larvicida se deve a uma bactéria contida neles - estão sendo testados como um novo tipo de inseticida. Uma resposta à resistência desenvolvida pelo mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, contra os produtos químicos utilizados para seu controle - inclusive os aplicados nos chamados fumacês.

“As vantagens de um biolarvicida diante de um inseticida químico são inúmeras, principalmente porque o chamado controle biológico não deixa resíduos no meio ambiente e o risco de seres humanos ou animais serem intoxicados é inexistente”, explicou a professora. A bactéria, letal para as larvas, é ingerida por elas, que morrem pouco depois. A água onde foi adicionado o biolarvicida, porém, pode ser usada e consumida sem nenhum problema por homens e animais, para os quais a bactéria é inócua.

Christine afirma que começou a pesquisa entre 2004 e 2005, quando estava terminando seu doutorado. “Percebi que poderia produzir um biolarvicida à base de Bacillus thuringiensis israelensis (Bti) para o controle da dengue. Esse seria um projeto de grande importância para a saúde pública”. A ideia está sendo apoiada pelo Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), cuja pretensão é produzir o produto em larga escala.

Segundo a pesquisadora, o comprimido também é mais eficaz do que o fumacê quando o objetivo é matar as larvas do Aedes aegypti. “O fumacê e qualquer outro produto químico geralmente atinge apenas a lâmina de água das caixas d’água e cisternas. Mas as larvas se alimentam no fundo dos recipientes”. Outro ponto a favor do uso dos comprimidos é a diminuição dos erros de dosagem. “Quando as pessoas precisam colocar algum produto na água, ficam em dúvida sobre a quantidade, principalmente se a medição é feita em colheres ou gotas. O comprimido elimina as dúvidas. Você coloca um nas caixas de 50 litros e dois nas de 100 litros e assim por diante”.

A escolha pelo Bti foi definida porque o produto é capaz de formar esporos, facilitando a sua produção em escala industrial e a aplicação em campo. Além disso, o microorganismo tem pouca sensibilidade às radiações ultravioleta e condições climáticas adversas, como calor excessivo e baixos índices de umidade, condição que aumenta sua persistência no campo. Durante a pesquisa, Christine precisou produzir e depois separar as células de Bti, além de desenvolver formulações e testes de atividade biológica visando à sua aplicação em campo. “Depois de todo o processo, testamos o comprimido em diferentes tipos de criadouros domésticos no município de Moreno (distante apenas 25 quilômetros do Recife) e tivemos eficácia de mortalidade das larvas de 100%”.

Atualmente, além da produção em larga escala, a pesquisa busca novas formulações e estuda maneiras de aprimorar as apresentações do Bti – tais como a produção de grânulos, de fácil aplicação. O interesse de expandir a produção também é pontuado pela pesquisadora. “Temos uma endemia de dengue e condições de produzir a solução. Se conseguirmos atender Pernambuco e, posteriormente, todo o Nordeste, será excelente”, conclui. Ela adiantou que ainda este ano deve realizar novos testes em outros municípios do interior estado. “Queremos firmar parcerias entre o IPA e as prefeituras”, ressaltou.

quinta-feira, 29 de abril de 2010



O que é a Dengue

A dengue é uma doença infecciosa febril aguda causada por um vírus da família Flaviridae e é transmitida através do mosquito Aedes aegypti, também infectado pelo vírus. Atualmente, a dengue é considerada um dos principais problemas de saúde pública de todo o mundo.

Tipos de Dengue

Em todo o mundo, existem quatro tipos de dengue, já que o vírus causador da doença possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4.

No Brasil, já foram encontrados da dengue tipo 1, 2 e 3. A dengue de tipo 4 foi identificada apenas na Costa Rica.

Formas de apresentação

A dengue pode se apresentar – clinicamente - de quatro formas diferentes formas: Infecção Inaparente, Dengue Clássica, Febre Hemorrágica da Dengue e Síndrome de Choque da Dengue. Dentre eles, destacam-se a Dengue Clássica e a Febre Hemorrágica da Dengue.

- Infecção Inaparente
A pessoa está infectada pelo vírus, mas não apresenta nenhum sintoma. A grande maioria das infecções da dengue não apresenta sintomas. Acredita-se que de cada dez pessoas infectadas apenas uma ou duas ficam doentes.

- Dengue Clássica
A Dengue Clássica é uma forma mais leve da doença e semelhante à gripe. Geralmente, inicia de uma hora para outra e dura entre 5 a 7 dias. A pessoa infectada tem febre alta (39° a 40°C), dores de cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações, indisposição, enjôos, vômitos, manchas vermelhas na pele, dor abdominal (principalmente em crianças), entre outros sintomas.

Os sintomas da Dengue Clássica duram até uma semana. Após este período, a pessoa pode continuar sentindo cansaço e indisposição.

- Dengue Hemorrágica
A Dengue Hemorrágica é uma doença grave e se caracteriza por alterações da coagulação sanguínea da pessoa infectada. Inicialmente se assemelha a Dengue Clássica, mas, após o terceiro ou quarto dia de evolução da doença surgem hemorragias em virtude do sangramento de pequenos vasos na pelo e nos órgãos internos. A Dengue Hemorrágica pode provocar hemorragias nasais, gengivais, urinárias, gastrointestinais ou uterinas.

Na Dengue Hemorrágica, assim que os sintomas de febre acabam a pressão arterial do doente cai, o que pode gerar tontura, queda e choque. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte.

- Síndrome de Choque da Dengue
Esta é a mais séria apresentação da dengue e se caracteriza por uma grande queda ou ausência de pressão arterial. A pessoa acometida pela doença apresenta um pulso quase imperceptível, inquietação, palidez e perda de consciência. Neste tipo de apresentação da doença, há registros de várias complicações, como alterações neurológicas, problemas cardiorrespiratórios, insuficiência hepática, hemorragia digestiva e derrame pleural.

Entre as principais manifestações neurológicas, destacam-se: delírio, sonolência, depressão, coma, irritabilidade extrema, psicose, demência, amnésia, paralisias e sinais de meningite. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte.






Aedes (Stegomyia) aegypti (aēdēs do grego "odioso" e ægypti do latim "do Egipto") é a nomenclatura taxonômica para o mosquito que é popularmente conhecido como mosquito da dengue, é uma espécie de mosquito da família Culicidae proveniente de África, atualmente distribuído por quase todo o mundo, com ocorrência nas regiões tropicais e subtropicais, sendo dependente da concentração humana no local para se estabelecer. O mosquito está bem adaptado a zonas urbanas, mais precisamente ao domicilio humano onde consegue reproduzir-se e pôr os seus ovos em pequenas quantidades de água limpa, isto é, pobres em matéria orgânica em decomposição e sais, o que as concede características ácidas, que preferivelmente estejam sombreados e no peridomicílio. As fêmeas para realizar hematofagia podem percorrer até 2500 m.[1] É considerado vector de doenças graves como o dengue e a febre amarela e por isso mesmo o controle das suas populações é considerado assunto de saúde pública.

O Aedes aegypti é um mosquito que se encontra ativo e pica durante o dia, ao contrário do Anopheles, vector da malária, que tem atividade crepuscular tendo como vítima preferencial o homem. O seu controle é difícil, por ser muito versátil na escolha dos criadouros onde deposita seus ovos, que são extremamente resistentes, podendo sobreviver vários meses até que a chegada de água propicia a incubação. Uma vez imersos, os ovos desenvolvem-se rapidamente em larvas, que dão origem às pupas, das quais surge o adulto. Como em quase todos os outros mosquitos, somente as fêmeas se alimentam de sangue para a maturação de seus ovos; os machos se alimentam apenas substâncias vegetais e açucaradas.

Por se adaptar bem a vários recipientes, a expansão deste mosquito a partir do seu habitat original foi rápida. O Aedes aegypti foi introduzido na América do Sul através de barcos provenientes de África, nas Américas se admite que sua primeira colonização sobre o novo mundo ocorreu através dos navios negreiros no período colonial junto com os escravos. Houve casos em que os barcos ficaram com a tripulação tão reduzida que passaram a vagar pelos mares, constituindo os "navios-fantasmas". No Brasil o Aedes aegypti foi erradicado na década de 1950, entretanto na décadas de 60 e 70 ele voltou a colonizar esse país, vindo dos países vizinhos que não haviam conseguido promover a sua total erradicação.

O Aedes aegypti está presente nas regiões tropicais de África e da América do Sul, chegando à Ilha da Madeira, em Portugal e ao estado da Flórida nos Estados Unidos da América. Nesta zona, o Aedes aegypti tem vindo a declinar, graças à competição com outra espécie do mesmo gênero, o Aedes albopictus. Este fato, porém, não trouxe boas notícias, uma vez que o A. albopictus é também um vetor da dengue, bem como de vários tipos de encefalite equina. Mas no Brasil, o único que transmite a Dengue é o A.aegypti. E a competição entre as duas espécies ocorre devido ao fato de a fêmea do A. aegypti se acasalar tanto com o macho de sua espécie, quanto com o macho do A. albopictus que é mais agressivo e, sendo de outra espécie, gera ovos inférteis, reduzindo assim a população de A. aegypti.

Fonte: Wikipédia